Estava publicando o post anterior quando a tv me fez silenciar! Agora tia Mabel me ligou pedindo para eu informar aos e-amigos que o corpo de Maria será cremado, amanhã (03/06), as 10 horas, no Jardim da Saudade.
Estou pensando nela o tempo todo e lembrando coisas e pessoas e lugares que Maria é a responsável pelo meu contato com tudo isso: um amor intenso, gigante, transformador, meu primeiro "namorinho firme" como ela disse a uma amiga; o encontro com São Paulo que para quem me conhece sabe da loucura que tenho por esse lugar; a arte, as risadas, a identificação com seu gênio forte; seus livros, suas imagens, seu blog; sua luta.
Se mantive o Monólogos na Madrugada tem uma pontinha de responsabilidade dela também, porque com nossas trocas e seus comentários fui me estimulando a continuar.
É difícil falar em Maria sem pensar em coisas tão profundas em mim. É, hoje está difícil. O clima não está para feijoada. Ela sabe bem o que isso quer dizer.
A epóca do namorinho firme, eu ganhei da pessoa o primeiro cd de Jussara Silveira, madrinha da relação e nele foi gravado Bolero Maria Sampaio, música composta por Almiro Oliveira e J. Veloso. Como um desenho que se fecha, tudo volta a Maria, aliás a Tia Maria, como um dia ela demontrou sentimento porque eu não a chamava assim.
Bolero Maria Sampaio
Adros com lembranças do passado
É falar de você
Amigos são parentes que pude escolher
Perdi de vista o bem que eu quero para você
Segui infinitamente em suas saudades
Que você me contou
Oh! Quanto tempo se passou
Agora fazemos nossa história
Eu e você enfrentando o mundo
E sempre juntos estaremos
Pois qualquer distância é menor que o amor
A canção nos leva
A sonhar sem temor
Aqui meu sorriso fotografado por Maria
5 comentários:
Pois é amigo... Nó na garganta, no peito, na alma...
Estarei lá amanhã.
Beijo
Estarei como sempre estive, na distância
Nós todos estamos tristes. As palavras me faltam agora.
Edu, esse foi um dia realmente "de tristeza e muitas lembranças" - para todos aqueles que conheceram Maria.
Maria Sampaio fez parte do júri que escolheu meu livro como um dos vencedores do Prêmio Braskem de Literatura, em 2008, e sempre me acolhia com muito carinho. 2010 tem sido um ano de perdas, mas a lembrança que guardarei será sempre o “não me entrego sem lutar”.
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