quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Todo amor do mundo

2010 passou voando como uma criança correndo no corredor, fazendo vento e sorriso. Delicioso para mim e espero que para muitos dos meus amigos. Desejo um 2011 com a alegria do que ele já me anuncia e com toda felicidade que compartilho com os meus, desejando sucesso, alegrias, saúde, amor, dinheiro, encontros fantásticos e descobertas surpreendentes para todos.

Anualmente faço uma carta agradecendo e relembrando os acontecimentos do ciclo que se finda. Percebo que a cada nova carta tenho mais realizações e conquistas e vitórias também dos meus. Sempre brinco que um ano fica com inveja do que passou e por isso se esforça para ser melhor, para entrar nas memórias em primeiro lugar. Tem dado certo esse joguinho/brincadeira. Eles tem confiado em mim e se esmeram para serem os melhores de todos os tempos.

2011 será assim para todos nós!

Sei que pode parecer bobagem essa overdose de esperança, de otimismo. Sei que muita coisa ficará na mesma, muita coisa ruim acontecerá, mas acredito na energia que emano para mim mesmo e só quero coisas deliciosas, prazeres e bem estar. Por que num momento em que podemos emanar energia com força eu pensarei no contrário?

Para nós todo amor do mundo!!!!! Me repete Los Hermanos e eu grito sempre.

PS: Estou viajando hoje e só volto ano que vem. Feliz ano novo, e-amigos!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Benditas coisas

Talvez vire tradição aqui no blog. Ano passado postei a letra desta música em celebração a tudo que vivemos ou deixamos de viver, mas que estão aqí, aqui, fazem parte da gente.

Este ano preferi deixá-las cantar! É linda e desejo avocês tudo de melhor, todas as coisas Benditas.

Obrigado pela companhia e presença que preenchem minhas madrugadas.

Benditas (Martinália e Zélia Dunkan)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Os pequenos rituais

Hoje levantei com preguiça, como normalmente acontece. Esticando o corpo incomodado com o lençol embolado, com a claridade na janela. Estiquei o esqueleto torto, calcei os sapatos e fiz tudo igualzinho como sempre faço: xixi, dentes, meleca, remela, espelho, água, cara, mãos..... me dei conta de que meus pequens rituais diários não mudam há tanto tempo e existem pequeninas coisas que me fazem acordar. Se não faço determinado gesto, meu corpo não entende que acordou. Sorri vendo minha cara amarrotada e saí pro café.

Hoje não tive o ritual do café com leite na xícara e uma bolacha apenas. Meus rituais são tão simples! Por causa da doença meu dia começa com gosto do que não gosto, sem vontade de sair do acordar e começar o dia.

Hoje brinquei com eu sobrinho, dançando uma dança que ele coreografou. Dançamos quase todos os dias e esse ritual que é tão recente me deixa tão feliz! A dança e o amor do pequeno, tudo junto.

Hoje já estou escrevendo aqui que é meu portal para dentro de mim.

Hoje o dia promete ser sereno, sem grandes alterações. Assim espero!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Quase uma escrita livre

Já em casa depois da alta na sexta-feira.
Continuo tomando medicação.
Estou me sentindo e sem dores.
Hoje entrei em contato com o CREMEB e irei fazer a queixa do erro médico do Hospital Espanhol.
Passei o dia pensando no cartão deste ano. Sempre fiz cartões de Natal.
Quando ainda estava em Santo Amaro eu fazia com colagem e individual, cada pessoa tinha um personalizado. Eu adorava!
Agora fico fazendo no computador e consigo chegar em mais pessoas.
Tenho tomado bastante sopa e o médico passou uma vitamina péssima.
Tenho que cuidar da alimentação.
Repousar.
Comecei a organizar a segunda temporada d"O Corpo perturbador.
Não consigo ficar sem trabalhar.
Lendo projeto para voar com Judite e Odete.
Mainha está ótima de saúde.
Minha irmã é a melhor do mundo.
Meu sobrinho é a alegria de minha vida.
Meu amor está firme e forte.
Meus dedos estão doendo de tanto digitar.
Os amigos são os melhores.
Eu amo parar aqui mesmo que seja para não fazer nada.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Do açougue, do restaurante, do hospital

Terça-feira começou minha via crucis em plena época de Natal. Há quatro dias eu sentia uma dor na parte inferior esquerda do abdomen. Achei que tinha a ver com o esforço exagerado que faço no esptáculo e deixei passar. Ontem resolvi procurar as emergências dos hospitais próximos a minha casa. Primeiro passei no Espanhol onde fui atendido pelo Dr Gustavo Duran. Este profissional sentado atrás da mesa estava, sentado atrás da mesa continuou. Me fez algumas perguntas que respondi com os sintomas que eu sentia. Satisfeito com minhas explicações diagnosticou de cara "é muscular". Não se levantou para avaliar meu abdomen e foi logo receitando relaxante muscular. Eu que trabalho com e entendo perfeitamente meu corpo, sabia que não era dor muscular e lógico que não segui as recomendações médicas.

Chegando em casa me senti febril e me preocupei um pouco mais. Me dirigi ao Hospital Português que como sempre estava com emergência lotada e placa pedindo para os pacientes procurarem outro estabelicimento. Insistimos (eu e minha irmã) e fomos atendidos. O que eu pensava ser uma consulta de no máximo quatro horas está durando até agora com minha internação a aprtir do diagnóstico de diverticulite.

A espera para os exames ainda na terça-feira a noite foi grande. Foi solicitada uma tumografia para avaliar se seria problema intestinal ou urinário o que causava aquela dor intensa. Chegando na sala do exame informei que sou alérgico a caranguejo e siri, fizeram a tumografia sem o contrastee depois disso resolveram repetir o exame com este procedimento. Para isso foi necessário fazer uma desensibilização o que me obrigou a dormir no hospital. A novela começa ai.

As 2:30h da madrugada tomei a primeira medicação e fui informado que as 8h da manhã repetiria o procedimento e as 9h tomaria uma injeção para enfim ser encaminhado ao exame com o contraste. Pois bem, uma noite incômoda, apreensiva porque eu não sabia o que se passava, minha cabeça só me dizia coisa ruim, chorando com medo. As 9h me deram a injeção e enfiaram um acesso na veia para que fosse aplicado o tal contraste. "senhor, daqui a pouco o senhor vai fazer a tumografia". nervoso eu esperei até meio-dia, vendo pessoas que chegaram naquela manhã serem atendidas antes de mim. eu que estava sem comer desde as 16h do dia anterior, com fome e sede pois nem água eu podia beber. Quando percebi que eles estavam me esquecendo ali, largado, o médico da madrugada nem se aproximou de mim para saber se eu estava com dor ou alegre. Comecei a me desesperar, desci da maca, sentei na minha cadeira e comecei a brigar, em voz bem alta, contra o desrespeito que estavam fazendo comigo, comecei a chorar. Então, vi o chefe da emergência do Hospital Portugês, um Dr. Renato Valente, conversando com meu acompanhante. Então repeti para ele que eu estava com fome, com sede, nervososem saber o que estava acontecendo e que eles estavam me enganando, me fazendo de idiota, informando toda ora que eu seria o próximo atendido, mas que toda hora outra pessoa entrava na minha frente.

Este cidadão,  Dr. Renato Valente, achou ruim minha reclamação e começou a me tratar mal,como se eu não tivesse direito de reclamar ou estar estressado. Disse que não falaria comigo enquanto eu não me acalmasse, que eu não gritasse, que o procedimento era aquele se não eu teria morrido, que eu teria que esperar 12 horas, etc etc etc... eu fui chorando mais ainda e me retirei do sala onde ele havia me levado. Procurei o médico que me atendeu anteriormente pedindo que ele fosse verdadeiro comigo, pois eu precisava saber o que estava se passando. Ele então me disse que seu colega não estava sabendo o que aconteceu e que aquela informação das 12 horas não era verdadeira, haviam feito um procedimento que agilizou a desensibbilização e que eu desceria para o exame.

Depois de todo o escândalo que foi necessário fazer, eles me encaminharam para a tumografia. Minha irmã me pedindo calma, mas como poderia me acalmar numa situação dessa? Somente com a reclamção e três horas de atraso, eles que me diziam o tempo todo que eu já desceria, resolveram me levar.

Quando voltei, meu acompanhante disse que o Dr. Renato Valente lhe falou "não trabalho em restaurante, nem lanchonete" para lidar com uma situação daquelas. Numa total demonstração de falta de ética e de sensibilidade. Porque ele se trabalhasse num desses estabelicimentos com certeza faliria, mas como tem o "poder" da medicina em mãos e nós não pagamos diretamente a ele por aquele serviço, somos obrigados a nos deparar com figuras com esta que não tem o menor cuidado com as pessoas com quem trabalha. Na noite anterior ele chegou na recepção do hospital, passando na frente de todo mundo colocando uma pessoa conhecida na fila para ser atendida antes do que os outros.

Dr. Renato Valente não trabalha em restaurante, nem lanchonete, mas faz do hospital onde exerce sua função um açougue. Somente quando ele viu que não estava a par do que aconteceui comigo, quando seu colega falou em sua frente que ele estava enganado e que o procedimento que ele afirmava ser para proteger a minha vida não condizia com tudo que já tinha passado, ele sem pedir desculpas mudou o tom de voz, mas aí já era tarde demais, o mal que me fez já estava impregnado no meu corpo.

E ao Dr. Gustavo Duran informo que uma diverticulite não se trata com muscolare. Eu nem estudei medicina para saber que é preciso analisar com cuidado os pacientes. Se eu tivesse mentido dizendo um quadro diferente do que eu sentia, ele teria feito como pai de santo charlatão, adivinharia minha doença. Para isso não precisa ficar tanto tempo numa faculdade. Abre uma tenda e coloca

"PAI GUSTAVO DURAN atende", cuidado para não levar o colega Renato Valente como coordenador porque pode falir  seu negócio.

Haja incompetência na área de saúde, viu? E assim ficamos a mercê de profissionais, (ops) profissionais? como estes.

O que salva são os outros profissionais atenciosos e delicados, dedicados ao que fazem que me atenderam e estão atendendo para que eu me recupere logo. A equipe de enfermeiros e assistentes da emergência foi muito boa e agora na Unidade Gastro do Portugês também o antendimento é excelente. Uma pena terem colegas como estes que descrevi no início da conversa.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A dor

Há dois meses venho sacrificando meu corpo, fazendo esforço alémd e seu limite, cansando-o, estressando-o, sem alimentá-lo direito nem de comida nem de repouso. Minha cabeça (que também é corpo, óbvio) não entende isso e fica amartelar coisas, a pensar a exigir que trabalhe, trabalhe, trabalhe.

Há quatro dias ele vem se vingando com uma dor no abdômen a infernizar meus dias e principalmente meus finais de madrugada. Daí, a cabeça que é uma louca começa a imaginar coisas e a mandar medo para o coração que pipoca em intervalos variados e aos olhos que lacrimejam sem saber o que estáacontecendo.

Definivamente minha cabeça não se ajuda, não me ajuda.... e a dor continua, numa nítida demonstração de quem quer me fazer parar um instante e tomar cuidado comigo mesmo.

Recebi visita médica que diagnosticou "Colite" (?) é isso? sei lá. Estou tomando medicação e farei exames. Enquanto isso a chuva cai pela janela e parece querer me dizer alguma coisa.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A CANÇÃO

Era ela

Ninguém sabia
Mas a canção que eu fiz
Era ela

Era ela
A canção que eu fiz
E ninguém sabia

Foi pensando nela
A canção que eu fiz
Com gosto de comida
Comida na panela

Chorei salgando o sorriso dela
Então cantei
A canção que ninguém sabia
Mas era ela

Eu adoraria saber compor música, as vezes sonho com canções, sons, melodias... Escrevi esta poesia (fraquinha) pensando nisso, há algum tempo. Pensei em Stella Maris e sua voz. Fiz para ela. 

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O descontrole do animal preso

Tenho medo de Clarice Lispector. Não foram poucas as vezes que eu adoeci quando abri seus livros, devorei suas palavras. Há uns dois meses ganhei de presente "Uma aprendizagemou o livro dos prazeres", confesso que tive receio em começar a leitura, enfrentar esse universo de pérolas, fruteiras e faz de conta.

Ainda estou debilitado pois tenho apenas um dia de parido e as emoções começam a brotar nos olhos, na pele, na voz como brotoeja. Hoje é dia de faxina aqui em casa e demorei a sair do quarto esperando a sala estar livre. Fui ao banheiro e vi meu espelhinho rachado na pia. Ele tem dois lados e eu não entendi porque insisti em me ver pelo lado mais comprometido, me via em dois. Assim como tenho me visto em cena. EU falei, depois desse novo trabalho não serei NUNCA mais o mesmo!

Resolvi escrever dedicatória no livro de Clarice. Não no meuporque aí já seria loucura bastante, mas estou com outro "livro dos prazeres" como uma aliança de casamento.O meu está com dedicatória e eu estava devendo a dedicatória para meu amor. Feito isso, começo a descoberta e logo no início me assustei e parei de ler. Perigava ter febre.

Numa das últimas cenas d'O Corpo Perturbador eu me debato como um bicho enjaulado e sempre busco em minhas memórias corporais situações que me tragam este estado, mas Clarice, como adivinha me escreve e esclarece. Como pode?

"os movimentos histéricos de um animal preso tinham como intenção libertar, por meio de um desses movimentos, a coisa ignorada que o estava prendendo - a ignorância do movimento único, exato e libertador era o que tornava um animal histérico: ele apelava para o descontrole"

Fechei o livro e caí num pranto guardado há dias.

Foto de Igor Souza

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

É HOJEEEEEEEEEEE



Fizemos um video/convite, bem ao meu estilo para vocês não esquecerem que começa hoje a temporada d'O Corpo Perturbador e ficaremos até 19/12, as 17:30h, no Pátio do ICBA, Grátis. Sempre de Quinta a Domingo.

Quem puder ajudar na divulgação, eu agradeço muitissimo!

A Produção

Por Catarina Gramacho

Montar quebra-cabeças que ligue o sonho à realidade, apagar incêndios e ver surgir labaredas muito mais fortes a cada reunião, administrar o poder e o querer e ver surgir na dança de um Corpo Perturbador as minhas outras inquietações.







Fotos Diane Portella

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Aco(r)de, Corpo!

E agora…nua, sentada no banco da cozinha, cheiro de lavanda, coluna torta para a esquerda, último comprimido de Valeriana tomado, escutando uma seleção de Jazz que fiz agora há pouco, depois de um dia atípico de arrumação intensa da hora que acordei até agora sem pausa que não seja para comer, eu me pergunto:
O que me perturba no Corpo Perturbador?
Será que vou acordar meses depois da estréia vomitando tudo que vivi?
De súbito tudo virá a tona?
Como pode esse filho recém-nascido tocar na minha imensidão íntima desse jeito?
Mas é um toque pra baixo, profundo.
“Mergulha…” – me diz entre dentes.
E também me diz aos berros.
E me diz numa língua que nem sei…
e me diz aos saltos e chicoteios.
Me diz do alto e também ao rastejar.
E me grita se batendo em seus próprios limites.
Me intimida com olhares que vagam dias na minha imaginação…
E que me deixa com medo, pavor, alegria, tesão, ansiedade, alívio, paz, loucura, contentamento, devaneios, euforia, euforia e euforia  mais três vezes, e me faz SENTIR.

Eu sei que eu sinto, mas…

Me aco(r)de, Corpo!

(Diane Portella)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A moldura

Por Nei Lima

Foto de Igor Souza

Qual a imagem desse corpo que perturba pela sua forma e sinuosidade contrastantes com o porte e contorno “elegantes” da modernidade? Ao invés de se submeter à correção da saúde, de se solidificar e endurecer, alia-se ao movimento solto, agita-se, enlarguece a linha da coluna para os lados, enfraquece-se e fortalece-se numa relação ambígua e à disposição do risco permanente entre o chão de relevos e as estruturas aéreas.


A imagem desse corpo se constrói pela bifurcação, a gola vitoriana revela duas dimensões do corpo, hierarquizando-o. As partes altas, “cabeças”, representam o pensamento, a racionalidade, o sagrado e o tronco representa o impulso, o profano, o humano e a sexualidade. Mais do que isso o figurino emoldura a coluna que é o fio condutor da história desse corpo. Corpo solto a revelia e a toda sorte de obstáculos, como um bicho a digladiar no território da instabilidade.


Foto de Alessandra Nohvais

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Porque o inferno são os outros

"Creio que seja impossível, num processo de criação artística, não se colocar inteiro. Corpo e alma. Sensações, emoções, vibrações, desejos, memórias do que se viveu e do que ainda há de vir. Toda obra artística, para mim, é de alguma maneira autobiográfica, principalmente quando criada por gente passional como nós.

Pelo relato de Lorena., imagino que o Corpo tenha tomado forma de acordo com o seu momento na ocasião da concepção do espetáculo. Mesmo que assim não fosse, inevitavelmente você iria fundo nas questões emocionais, porque você é todo emoção. Dedo na ferida. Sempre. Mergulho no poço escuro e fundo de nós mesmos. Revelar o que negamos, o que desconhecemos. Mexer, perturbar, tirar do eixo, desestabilizar. Você é provocador por natureza. Já nasceu assim. Vai morrer assim!

Me vi inteira no espetáculo. Vi minha vida retratada de maneira metafórica. Eu e a minha luta diária, não com o outro, mas comigo mesma. Emoção e razão disputando seu lugar dentro de mim. Eu e eu disputando espaço. Caminhando no desconhecido labirinto das emoções vagas e difusas. Mas também vi o "me reconhecer no outro" e me pertubar com isso. "Porque o inferno são os outros." E quando a gente se vê no outro de uma maneira que não nos agrada, e é obrigado a perceber que o outro também somos nós... isso perturba, enfraquece, desestabiliza. É como estar diante de uma esfinge, que te diz: -Decifra-me E te devoro! E ninguém quer ser devorado... então ficamos perambulando por estradas escuras onde não se sabe quem somos e nem pra onde vamos.

Tive vontade de chorar lendo o que Lorena escrevera. Nesse meu "momento" meio louco, já pertubada por emoções (des)conhecidas, foi desconcertante (assim como rever um grande amor rsrsrs...) "assistir" ao Corpo. Aumentou o meu desejo de ver essa criança nascer... eu, que de algum modo, ajudei a concebê-la. Mas a vontade de chorar também é de orgulho de ser tua... que torna o mundo mais bonito com sua poesia erótica e visceral. Você que torna tudo mais... quando se mostra ao mundo assim escancarado, verdadeiro, pura essência. És essencial pra mim.

Ah... o teu olhar melhora o meu."

Cléa Ferreira (http://epifaniasealumbramentos.blogspot.com/)

O Corpo Perturbador http://ocorpoperturbador.blogspot.com/ estréia quinta-feira, 09/12, as 17h:30min, no pátio do ICBA, ENTRADA FRANCA

Foto de Marcos (Miniusina de Criação)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Sweet amor




A viagem mais bonita e mais demorada que vivi até hoje foi/está sendo em sua companhia. Tudo começou com o sim dos olhares num canto escuro de música alta e gente bebendo. A faísca acendeu e nos aproximamos para nunca mais largar. Com ele aprendi a delicadeza e companheirismo e uma coisa que eu podia imaginar o que era, mas nunca tinha vivido de verdade. E hoje sei que o que eu imaginava não é nem uma fagulha do real. Ess coisa de beleza, de admiração, compreender o outro, mesmo que seja o contrário do que pensamos ou queremos, de querer mesmo assim, e ser isso o que encanta. É sorrir quando imagina que está pensando em nós. É essa coisa que me faz chorar só num dia ter tido a possibilidade de não ter mais comigo.

Essa coisa sem posse que não é o ter para mim, ser meu, não... o que descobri nesse "sweet amor" é a doçura de simplesmente ser ele o que é e eu ser o que sou e viajamos juntos de mãos dadas, nas costas e bem dentro. Aqui, nessa casa que ele fez seu abrigo e que pulsa em disparada esperando a noite chegar.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Um corpo urrando dentro de mim

Foto de Diane Portella

Às vésperas da estréia d'O Corpo Perturbador estou mergulhado e me afogando neste processo. Por isso, o post de hoje aqui dos meus Monólogos está lá. Quero compartilhar com meus e-amigos daqui o que tem se passado por aquelas bandas.

Um corpo de bicho. Sendo bicho, transformando em não sei o que.