quarta-feira, 30 de março de 2011

Homofobia NÃO

terça-feira, 22 de março de 2011

Judite visita Rodin


Estou com alegria transbordando, o livro de Judite a partir de amanhã será vendido na lojinha do Palacete das Artes - Rodin Bahia (Rua da Graça, 284). Nesse Museu tivemos uma das mais belas e emocionantes temporadas de Judite. A equipe do Palacete das Artes é muito parceira e agradeço por eles acreditarem no meu trabalho e sempre incentivá-lo.

Por favor, prestigiem, apareçam para comprar o livro e ao mesmo tempo desfrutar de um dos melhores lugares da cidade e ver a exposição das esculturas de Rodin.

Se puderem gritem para as pipas espalharem a novidade pelos cantos da cidade. Obrigado!!!

O valor do livro é somente R$ 10,00

quinta-feira, 17 de março de 2011

A minha paragem

Quando era mais novo eu não entendia o que era a "tranquilidade do amor" que tanta gente falava e desejava viver. Eu vivia a ansiedade dos finais de semana, louco para chegar a sexta-feira e viver de boca em galho e bar em boca, encontrando um aqui e outro ali. Alegria grande para não ser injusto com aqueles dias. O problema era a segunda-feira que mais do que um dia chato de trabalho, pós-domigo, era ser o início dos dias em que eu não teria ninguém para telefonar e contar um sonho ruim, ninguém para deitar no colo ou as 17h tomar aquele cafezinho gostoso na cozinha revelando os segredinhos diários, fofoquinhas da gente mesmo, confessar uma dor no lado esquerdo ou segurar na mão em silêncio passando as gostosas horas bestas do fazer nada.

Num daqueles domingos um olhar encontrou o meu que já havia avistado aquele olhor em outro momento. Então tudo mudou e todos os dias era sexta-feira com olhos brilhando como as luzes daos bares, todo dia era dia de beijo na boca, colo, café na cozinha, segredos, música, filme, joguinhos de celular, doenças, choros, risos, livros, pernas... todo dia eu tinha a quem ligar.

Hoje entendo todos os desejos que nos invadem e todos os encantos e entendo também a preferência por esta tranquilidade, esta certeza de pertencimento mútuo. Um dia uma tsunami pode invadir esta calmaria, mas é aí o medo de que tanto ouvir falar. Como ter a certeza que em outra paragem esta tranquilidade virá?

domingo, 13 de março de 2011

Se eu sou o outro para você

"Desde que nasci minha mãe tinha medo de que eu sofresse violência por ser diferente dos outros. Nunca entendi este medo de minha mãe. Como posso ter medo de você se eu também sou outro para você? Como alguém pode maltratar o outro por ser diferente se não existe ninguém igual? Ahhh acho que minha mãe não entende muito das coisas!"

Ontem Judite me fez uma surpresa maravilhosa. Chegou sonolenta, corpo mole, amanheceu para se apresentar cedo no SARTRE COC (Itaigara) para mais de 300 alunos. Felicidade plena! Ela brilhou me enchendo de orgulho, pai coruja que serve como cavalo para a entidade que ela demonstra ser.

No meio do espetáculo inventou esta estória que comoveu e serviu como mote para a aula sobre preconceito que seguiu a apresentação. Semana que vem estaremos novamente juntos encontrando outra turma. Vamos ver o que ela vai inventar dessa vez.

Foto de Célia Aguiar

quinta-feira, 10 de março de 2011

Viva a RAINHA!

Nascemos com algumas vocações que se desenvolvem ao longo da vida. Na vida longa de minha mãe sua maior vocação é ser MÃE. Hoje estamos comemorando seus 70 anos. Incríveis 70 anos que o corpo esconde atrás de uma aparência linda, de sorriso aberto e corpo jovial sempre ornado em roupas de bom gosto, numa elegância de rainha. Ela é nossa rainha. De seus filhos e dos tantos amigos que passaram e passam por este colo/casa acolhedor/a. Aqui em casa todos se sentem a vontade, se sentem em casa de mãe. Porta aberta para o novo que chega renovando os ares e pros antigos que aliementam nosso amor e amizade. Cercada de gratidão, mainha merece o melhor da vida e que esta se prolongue por muitos e muitos anos, porque ela também merece ver seu neto crescer e virar um homem lindo com todos os melhores valores que ela nos ensinou/ensina. Eu e minha irmã somos o fruto direto dessa árvore frondosa das qualidades que uma mulher pode ter e passar adiante.

Suas mãos fazem mágicas na arte que produz em papel, plástico, caixa de fósforo, ovo. Os santos que ela enfeita devem abençoá-la diariamente, porque se entristeceriam e ficariam mais feios sem suas cores e adornos. Algumas vezes ela não sabe que não precisa sofrer para ser feliz, mas as gargalhadas que me transmitiu a curam de todo mal que podem tentar chegar. Sua outra vocação, dar beleza aos ambientes, as pessoas.

Cercada de amor em inúmeros telefonemas e abraços, temos a certeza da máxima da Lei do Retorno. Mainha por isso só pode receber muito amor e muita alegria.

Viva a Rainha!


domingo, 6 de março de 2011

Acorda pra ver

Já é carnaval cidade e eu que acreditava estar desanimado ando curtindo tudo. Que bom estar sentindo alegria. O carnaval é uma festa que se pararmos para pensar muito entristecemos, avaliamos e sentimos as amarguras da desigualdade gritando em volume elétrico até nos nossos sonhos. Mas também é uma festa onde tudo pode acontecer e meu padroeiro BACO é o rei absoluto.

Podemos extrair o que de melhor há para se aproveitar, portanto não é erro seguir amando Os Mascarados, Microtrio, Negra Cor homenageando Tim Maia, Cortejo Afro, Moraes MoREIra, Margareth Afro Pop Menezes e tantas surpresas que acontecem.

Curtir de olhos abertos, sem deixar de refletir e nem por isso deixar de tentar ser feliz.

quinta-feira, 3 de março de 2011

As meninas foram ali

As meninas foram ali. Diane e Fafá dobraram a esquina garantindo não demorar. A primeira saiu apressada há duas semanas, prometendo voltar rapidinho. Deixou encomenda na portaria e nem deu um beijo de tchau. Acreditei em sua palavra, mas até agora nada. Apenas um telefonema descrevendo o ap novo e a falta de geladeira. Em mim um nó no peito, na garganta, uma saudade com a falta que um amor faz. Longe, sem ver teu sorriso, teu olhar, sem sentir o peso do abraço jogado e das tentativas de gafes com a cadeira. Saudade de sua dança em meu corpo.

A outra, metida a doutora, resolveu partir também, garantindo retorno breve e encontro mais rápido lá pelas bandas de lá. Saiu com telefonema, gargalhada, confusão. Minha voz embargadinha não quis mais conversa, disfarçou uma piada e desligou. Como será esse tempo sem ela? Sem a mestra, sem a mentora, sem ela? Fico meio perdido, meio zonzo. Deixou sacola com cola, tinta e papel, prometendo trabalho e nem um beijo de tchau. Acreditei na tua palavra de projeto a distância, dança pelo skype, troca de figurinha na rede.

Essa meninas mentiram para mim. Dobraram a esquina como quem sai para comprar cigarros e até agora não voltaram. Meu bloco vai sair amanhã e elas não verão minha alegria disfarçando a saudade e a vontade de dançar junto. Até a praça da Piedade está fechada e por isso não poderei chegar com cartaz caçando as duas e mandando voltar para casa porque a rua esses tempos está muito perigosa e elas não estarão para me proteger.