domingo, 25 de abril de 2010

Era um dia o índio

A situação do índio no Brasil me entristece demais. A reportagem do Fantástico sobre a construção da hidrelétrica de Belo Monte, me fez questinar por que a voz desse povo não é ouvida. A militância negra se fez forte, outras questões tem ativistas se impõem, mas o índio sempre frágil, sem voz. Estão falando de suas vidas, sua História, algo que a economia jamais entenderá. O governo é conivente com este assassinato! Um senhor veio falando que tudo será feito dentro de normais que respeitem temperatura de água, quantidade de água suficiente, etc etc etc... será que ele acha mesmo que a gente acredita nisso? Depois que as obras começarem, que tirarem o povo dos seus lares, que forem destruindo as vidas, eles irão se preocupar com temperatura e quantidade de água? depois de feito, meu bem.......

Mais cedo falei em Baby do Brasil, lembrei agora que foi ela quem cantou: "mas agora ele só tem o dia 19 Abril. Todo dia era dia de índio"

Pesquisei no Google e encontrei na wikipédia maiores informações sobre o caso e eu destaco, abaixo, a lista dos impactos que a hidrelétrica causará na região, segundo o Relatório de Impacto Ambiental.



1.Geração de expectativas quanto ao futuro da população local e da região;


2.Geração de Expectativas na População Indígena;


3.Aumento da população e da ocupação desordenada do solo;


4.Aumento da Pressão sobre as Terras e Áreas Indígenas;


5.Aumento das Necessidades por Mercadorias e Serviços, da Oferta de Trabalho e Maior Movimentação da Economia;


6.Perda de Imóveis e Benfeitorias com Transferência da População na Área Rural e Perda de Atividades Produtivas;


7.Perda de Imóveis e Benfeitorias com Transferência da População na Área Urbana e Perda de Atividades Produtivas;


8.Melhorias dos acessos;


9.Mudanças na paisagem, causadas pela instalação da infra-estrutura de apoio e das obras principais;


10.Perda de Vegetação e de Ambientes Naturais, com Mudanças na Fauna, causada pela instalação da infra-estrutura de apoio e obras principais;


11.Aumento do Barulho e da Poeira com Incômodo da População e da Fauna, causado pela instalação da infra-estrutura de apoio e das obras principais;


12.Mudanças no Escoamento e na Qualidade da Água nos Igarapés do Trecho do Reservatório dos Canais, com Mudanças nos Peixes;


13.Alterações nas Condições de Acesso pelo Rio Xingu das Comunidades Indígenas à Altamira, causadas pelas obras no Sítio Pimental;


14.Alteração da Qualidade da Água do rio Xingu próximo ao Sítio Pimental e Perda de Fonte de Renda e de Sustento para as populações Indígenas;


15.Danos ao Patrimônio Arqueológico;


16.Interrupção Temporária do Escoamento da Água no Canal da Margem Esquerda do Xingu, no Trecho entre a Barragem Principal e o Núcleo de Referência Rural São Pedro durante 7 meses;


17.Perda de Postos de Trabalho e Renda, causada pela desmobilização de mão de obra;


18.Retirada de Vegetação, com Perda de Ambientes Naturais e Recursos Extrativistas, causada pela formação dos reservatórios;


19.Mudanças na Paisagem e Perda de Praias e Áreas de Lazer, causada pela formação dos reservatórios;


20.Inundação Permanente dos Abrigos da Gravura e Assurini e Danos ao Patrimônio Arqueológico, causada pela formação dos reservatórios;


21.Perda de Jazidas de Argila Devido à Formação do Reservatório do Xingu;


22.Mudanças nas Espécies de Peixes e no Tipo de Pesca, causada pela formação dos reservatórios;


23.Alteração na Qualidade das Águas dos Igarapés de Altamira e no Reservatório dos Canais, causada pela formação dos reservatórios;


24.Interupção de Acessos Viários pela Formação do Reservatório dos Canais;


25.Interrupção de Acessos na Cidade de Altamira, causada pela formação do Reservatório do Xingu;


26.Mudanças nas Condições de Navegação, causada pela formação dos reservatórios;


27.Aumento da Quantidade de Energia a ser Disponibilizada para o Sistema Interligado Nacional – SIN;


28.Dinamização da Economia Regional;


29.Interrupção da Navegação no Trecho de Vazão Reduzida nos Períodos de Seca;


30.Perda de ambientes para reprodução, alimentação e abrigo de peixes e outros animais no Trecho de Vazão Reduzida;


31.Formação de poças, mudanças na qualidade das águas e criação de ambientes para mosquitos que transmitem doenças no Trecho de Vazão Reduzida;


32.Prejuízos para a pesca e para outras fontes de renda e sustento no Trecho de Vazão Reduzida.


Um estudo formado por 40 especialistas e 230 páginas defende que a usina não é viável dos pontos de vista social e ambiental.


Outro argumento é que a obra irá inundar permanentemente os igarapés Altamira e Ambé, que cortam a cidade de Altamira, e parte da área rural de Vitória do Xingu. A vazão da água a jusante do barramento do rio em Volta Grande do Xingu será reduzida e o transporte fluvial até o Rio Bacajá (um dos afluentes da margem direita do Xingu) será interrompido. Atualmente, este é o único meio de transporte para comunidades ribeirinhas e indígenas chegarem até Altamira, onde encontram médicos, dentistas e fazem seus negócios, como a venda de peixes e castanhas.

2 comentários:

Cléa disse...

São os invisibilizados meu amigo. Sabemos bem o que é isso. Talvez nem tanto, mas sabemos um pouquinho o que é estar à margem.
É triste... é vergonhoso.

Anônimo disse...

Viu Avatar? não é a mesma história?