Há uma coisa bacana
Nessa tal de história de amor:
A criatividade com que as pessoas amam
Descascam banana
Esperando encontrar filé mignon
Inventam sofrimento,
Criam traição,
Sofrem com a demora na espera
E jogam culpa no coração
Se o telefone não toca,
Se passam o Sábado assistindo televisão,
Taí o coitado sofrendo apertado, xingado
Porque a cabeça do dono
Já inventou mil e uma situações
É um tal de choro no banheiro
(resfriado de quem está só!)
é uma tal de música de corno no chuveiro
E simpatias para segurar “ocó”
O coração é tão mais simples que a cuca
Só faz sentir
E quando cansa parte para outra
Mas a mente, não, essa maluca!
Mesmo depois do sentimento esgotado
Do relacionamento acabado
E de já ter “varrido” a cidade
Reencontra o ex
E vem a tal da possessividade
Quer logo reconquistar
Mesmo que seja para deixar
Ou diz que está com ciúme
E tem vontade de matar
Bebe para dar vexame
Veste-se toda vulgar
E quando o outro se aproxima
Faz logo um enxame
E pede que vá embora
E manda largar
A cabeça que ama
É atriz mexicana
Só sabe mesmo chorar
* eu adoro reler este texto, criado em 2003, porque me traz boas lembranças de quando o escrevi. Foi publicado pela primeira vez aqui no blog em 13/07/2008. Continuo achando a mesma coisa. Um texto que não envelhecerá para mim.
4 comentários:
Adorei esse lance de descascar banana querendo encontrar filé mignon.
Na fossa eu sou uma atriz mexicana.
Ái como vc me entende, amigo...
Beijo
Texto algum envelhece, pois basta reler que ele renasce.
Atualííííssssiiiiimmmooooooo!!!!!
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