Aos 13 anos eu realizava meu maior sonho de menino: conhecer o Rio de Janeiro. Eu era tão fascinado por este lugar que tinha agenda com inúmeras fotos e poesias e letras de músicas inspiradas na cidade maravilhosa. Assistia, emocionado, aos programas de televisão e me imaginava lá passeando por Copacabana, Ipanema, contemplando o mar no Arpoador, querendo ser um pouco Cazuza, talvez, ou então, artista de novela das oito.
Lembro que nesta viagem íamos conhecer inúmeros lugares: São Paulo, Curitiba, Foz do Iguaçu, Belo Horizonte, Porto Alegre... Tudo para mim seria passagem para chegar ao Rio.
Chegando lá vivi o que seria meu primeiro vôo. Minha mãe, comigo nos braços, subiu os 222 degraus do Cristo Redentor, realizando o grande sonho de seu menino. Eu não tinha ainda cadeira de rodas e andava carregado, de mão em mão, mas ali não. Havia homens no grupo da viagem, mas ela, a Super Dina, não permitiu que ninguém a ajudasse, como quem pagasse promessa subiu um por um suportando meu peso. Chorei, rezei, refleti...
No alto percebi que era aquilo o que mais queria, estar no alto o mais que pudesse. Precisei estar ali para entender que o grande sonho era o impossível: VOAR.
E eu voei nos braços de um super herói! A heroína foi recebida com palmas e prantos na volta demorada ao ônibus da excursão. Os outros viajantes esperaram, a descida, pacientemente como quem espera um milagre.
*Para muitos amigos minha mãe é a SUPER DINA ou simplemente SUPER.
5 comentários:
que bonita postagem, dê beijos em Super.
Lindo e emocionante! Mãe ( e pai)fazem o impossível pelos filhos. E é por amor, tão somente, nada mais. Os aplausos, foram consequencia...
Grande Dina, levar o filho paro o alto, mais longe,lá em cima, aos pés do Cristo.
Edu, que emoção maravilhosa ler este texto domingo de manhã. Estou com muita saudade de SUPERDINA. Preciso ir aí. Que dia é a festa de aniversário da formatura de Rudá? Pelo tempo... creio que ele se formou em medicina! Beijo a família toda com muito carinho e bemquerer. Maria
lembro muito disso, tem coisas que mesmo pequenina lembro nitidamente. sempre achei maravilhosa a atitude de Tia. beijos. saudades.
Belíssimo texto, Edu!
Agora já sei de onde vem sua coragem e sua determinação!
Palmas para a Super Dina!
Palmas para você!
Beijos
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