Nesse dia que eu quis morrer
E eu, quase, morria
Não pude te ver
Não te sentia
Fumei um cigarro atrás do outro
Para ver se trazia teu gosto, teu cheiro
E eu não trazia
As coisas estavam amenas demais
E tudo em você é mais intenso
Em você sou mais forte
E eu não me percebia
Chorei com a possibilidade de morte
Com o etéreo, o finito da vida
Cheio de dor, sem comer, sem dormir
Eu vivia
Anulando as pernas que já são nulas
Numa rua que não era a tua
Eu me perdia
Perdi todo o brilho
Que já, há muito, te pertencia
Eu era um tipo de lua
Mas nunca mais cheia
Murcha talvez
Havia apenas um filete de luz
Um brilho distante
Eu cantava mal, meu bem!
E Gal sorria
“Eu sou uma fruta gogóia...”
Ela era tudo
E eu que já era um nada
Morria
3 comentários:
Edu, edu! Belo, belo!
Que bom q vc voltou, Edu!
E já foi chegando com poesia, densa e forte.
Bjo.
E eu, morrendo... de saudade!!!
Beijos
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