quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Dona da casa me dê licença

Alegorias para Dona Canô

Terno de Reis tradicional que homenageou Dona Canô

Burrinha

Professora Zilda Paim

To apertado de costura, como dizem as amigas Maria e Ivonete, aliás as tias. Nem bem cheguei da França, Natal em Santo Amaro, de lá viajei para Recife, daí quase retorno direto para Santo Amaro. Refletindo sobre esse itinerário vi que retornei aos meus, ao meu chão, a mim. Retornei da melhor forma que se pode retornar, matar saudades, brincar, encontrar a felicidade em se estar dentro de si mesmo. Santo Amaro sou eu. Eu sou o que aquele chão me deu.

Mirella Matos e Tony Duarte

Este ano a festa de Reis de Dona Canô homenageou Professora Zilda, a quem eu já tive oportunidade de homenagear aqui neste humilde blog. Professora Zilda é uma das pessoas mais importantes da minha cidade e uma das que mais me impressionava e encantava desde quando eu era criança. Aos 16 anos escrevi uma poesia para ela que me confessou guardar até hoje. Comemorei como se a festa fosse para mim. Teve Burrinha, Maculelê, Mandu, Nêgo Fugido, charanga, Dona Nicinha do Samba, teve batida de Tote (uma especialidade santamarense que ninguém pode perder feita de cachaçã, mel e limão, comum não é, mas a de lá não tem igual), teve amiga porta-estandarte, teve amigo Rei, teve amiga bêbada e eu também.

Maculelê

Teve ainda a dona da festa na janela, vendo a festa passar com olhinhos brilhando, assim como os meus que agradecia a vida por ter me colocado naquela terra, ter me feito daquele lugar. E a festa foi até o sol nascer e a festa continua em mim.

Profanos, a parte me cabe


"Olhando a vida vivida
uma pergunta ficou...
Fui eu que fiz minha vida
ou fez-me a vida o que sou?"

Frase escrita em conchas num quadro na porta de Professora Zilda Paim, sem referência do autor.

Igreja de Nossa Senhora da Purificação


10 comentários:

Bernardo Guimarães disse...

cobertura completa; me senti na festa.

Anônimo disse...

Taí uma coisa que não existe em São Paulo. Aqui não há tradição de coisa alguma, nem folia de reis, nem folclore, nem mistério, nem festa popular.

Gerana Damulakis disse...

Excelente. Homenagem, que beleza! Santo Amaro,Zilda Paim, todos merecem.

Anônimo disse...

Ê, Edu! aqui sua tia véia teve o prazer de ir à festa viajando em suas fotos, em seu blog. Grande beijo.

Janaina Amado disse...

Que festa linda, adorei imagens e texto!

cleniomagalhaes.blogspot.com disse...

uau que delícia. me senti na festa também e imaginando a cachaça, a choradeira, a emoção e a nigrinhage kkkkkk te amo edu, vc é muito especial pois é santamarense rs bjs

karina rabinovitz disse...

"... e a festa continua em mim."
lindo!
e transbordou de você pra mim.
quis estar lá!
beijo

O Neto do Herculano disse...

A festa
nunca termina.

Moniz Fiappo disse...

Ah Du, acho que esse clima de nossa terra, essa alegria que brota espontaneamente, que a gente nem sabe de onde vem, essa confusão organizada... nem sei explicar mas santamarense é f...
Êta festa boa, tive que sair mais cedo mas levei comigo os sons, as cores, e a beleza de lá.

Titia Leoa disse...

E o dia amanhecendo na nossa Praça, após (e recomeçando) tudo e tanto? Massapê é privilégio, meu véio...