quinta-feira, 30 de junho de 2011

Por que as palavras não saem?

O que é isso que me dá quando entala o choro que quer se misturar com o riso?

Que sentimento é esse de alegria extrema, ansiedade e olhos mareados?

Por que as palavras não saem e esse nó?

E este sol queimando lá fora enquanto a casa fria?

Judite nasceu assim, quase como num dia feito esse. Desde ontem experimento emoções diferentes e sorrio e choro e calo e falo......

Minha mãe viajou deixando a casa vazia como há muito tempo não sinto. Sair para realizar sonhos. Há felicidade maior do que esta? Voar, ir longe e voltar carregada de bagagem, humores, sabores, luminosidade, calos e poeiras. Então, por que esse nó?

Ontem reencontrei um amigo, daqueles que transformam a vida e vieram tantas lembranças, tanta coisa. Voltou aquele adolescente começando a conhecer as coisas da vida... VIDA... assim me chamavam.

Amanhã será oficialmente o livro de Judite. Ele já anda circulando por aí há algum tempo, mas sem ritual, sem essa coisa de convidar amigos e parceiros para divirem o momento. Lembrando de tantos e Maria Sampaio estampada, comemorando o que ela se empenhou em dar certo. Nos agradecimentos tem Maria, tia Mabel que me escreveu um texto tão lindo de navegador na primeira viagem, tem Rudá que tinha nascido quando o livro foi criado, tem mainha, tem Paloma, tem Nei, Vitória e Laura. Tem os amigos todos que ilustraram: Fau, Déa, Luca, Dani, Zeza, Will, Fafá, Keu, Ed, Hugo e B. Tem Sérgio e Zunk que diagramaram. Tem Nádja que corrigiu. Tem foto de Caco. Tem tanta coisa ali dentro que me emociono ao ver inteiro em minhas mãos.

No início da madrugada chorei ao ver Renata Sorrah deslumbrante com sua Heleninha Roitman.

Hoje acordei cedo para me encontrar com a galera de Judite e me emocionei também com os sonzinhos de Drica e Lu. O carinho delas, a força que a lagartinha tem mesmo quando não aparece e ficamos contando a vida da coitada.

Agora pensando em mainha, em Judite, em mim, Heleninha, em todo mundo. Pensando nesse mundo tão grande do tamanho de uma ervilha. Esse mundaréu que Judite já me fez conhecer, viajar e encontrar tanta gente, tanta gente......

Como retribuir à criatura o que faz com o criador?

foto Célia Aguiar

2 comentários:

Moniz Fiappo disse...

Quanta emoção, quanta alegria, quanto amor, quanta amizade: a isso chamam felicidade.

Anônimo disse...

Lei do retorno. O amor com que criaste Judite retornando na mesma intensidade.