domingo, 29 de maio de 2011

Vanessa da Mata esbarrou no meu quintal

Eu gosto de Vanessa antes mesmo de saber quem era ela. Na primeira música que ouvi numa novela eu ouvia no repeat e isso se repetiria em todos os outros trabalhos que ela viria a fazer. Madrinha de namoro/casamento, foi por causa de seu banho na chuva mixado, numa noite de loucuras, bebedeiras, amanhecimentos, tive a lucidez de me apaixonar e viver uma história de eternidade, mesmo que um dia venha a ter um fim.

O último cd de Vanessa da Mata me trouxe d evolta meu quintal, como sempre acontece quando observo suas propostas, suas idéias. Ela fala de seu interior, revelando o meu de forma perigosa, fofoqueira. Quando ela canta situações cotianas ou quando ela fala da sorte e felicidade do amor. Tudo me enCANTA, me emociona. Porque suspende as coisas simples, corriqueiras. Nesse novo trabalho ela fala sobre padrão de beleza de forma super bem humorada ao narrar o caso de uma mulher que engordou e sente-se feliz ao sair de casa e receber Fiu Fiu ao passar numa construção. Também critica a compulsão por compras como uma forma de suprir alguma falta, esse consumismo louco em Bolsa de Grife. E deu uma receita deliciosa de amor, fubá, Bicletas, Bolos e Outras Alegrias.

Acho importante uma artista desse alcance trazer alguma reflexão, sem ser cabeção, sem se sentir. Fala como quem conversa com o vizinho, chorando abandono e também comemorando um novo/eterno encontro.

Ela também mandou recado para minhas Judites

"Vá
Que o sol já vem
E com ele outro dia

Se descobrir
Vá crescer
Entender e saber..."

Fui catar pitanga no meu quintal, esbarrei com Vanessa assoviando a vida.

Um comentário:

Lidi disse...

Belíssimo mesmo o novo CD de Vanessa. Bjs, Edu.