Eu gosto de Vanessa antes mesmo de saber quem era ela. Na primeira música que ouvi numa novela eu ouvia no repeat e isso se repetiria em todos os outros trabalhos que ela viria a fazer. Madrinha de namoro/casamento, foi por causa de seu banho na chuva mixado, numa noite de loucuras, bebedeiras, amanhecimentos, tive a lucidez de me apaixonar e viver uma história de eternidade, mesmo que um dia venha a ter um fim.
O último cd de Vanessa da Mata me trouxe d evolta meu quintal, como sempre acontece quando observo suas propostas, suas idéias. Ela fala de seu interior, revelando o meu de forma perigosa, fofoqueira. Quando ela canta situações cotianas ou quando ela fala da sorte e felicidade do amor. Tudo me enCANTA, me emociona. Porque suspende as coisas simples, corriqueiras. Nesse novo trabalho ela fala sobre padrão de beleza de forma super bem humorada ao narrar o caso de uma mulher que engordou e sente-se feliz ao sair de casa e receber Fiu Fiu ao passar numa construção. Também critica a compulsão por compras como uma forma de suprir alguma falta, esse consumismo louco em Bolsa de Grife. E deu uma receita deliciosa de amor, fubá, Bicletas, Bolos e Outras Alegrias.
Acho importante uma artista desse alcance trazer alguma reflexão, sem ser cabeção, sem se sentir. Fala como quem conversa com o vizinho, chorando abandono e também comemorando um novo/eterno encontro.
Ela também mandou recado para minhas Judites
"Vá
Que o sol já vem
E com ele outro dia
Vá
Se descobrir
Vá crescer
Entender e saber..."
Fui catar pitanga no meu quintal, esbarrei com Vanessa assoviando a vida.
Um comentário:
Belíssimo mesmo o novo CD de Vanessa. Bjs, Edu.
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