terça-feira, 31 de maio de 2011

Lé com Créa

Eu havia prometido homenagens, surpresas, alegrias.... o dia foi passando, os dedos doendo de digitar projetos e reuniões virtuais. O tempo ocupado impedindo o carinho especial para a amiga, a parceira, a lé com cré (ou será lé com CRÉA?). Como falar a ela sobre o que ela já sabe que é, sobre o que ela sabe fazer de melhor?

Acho que passa o tempo pensando nos amigos. Como uma idéia fixa, uma loucura. Ela que é maravilhosa em tudo o que faz, consegue superar tudo ao ser amiga. De inteligência rara, sabe utilizá-la com graça, leveza e com toda capacidade. É aprovada em tudo que se mete. É amada por todos que a conhecem e disfrutam de seu carinho.

Eu sou um dos mais privilegiados. Por isso a dificuldade em escrever sobre o que é tão grande, sobre o que não se fala, sobre o que não existe palavra para descrever. Sua presença em minha vida é tão forte que não interessa o lugar onde estamos, Salvador, São Paulo, Angola, Londres, Lyon... Um sabe do outro, um compreende o outro de olhar, de tom de voz e um completa o outro.

Vivemos nos xoxando por graça, porque escolhemos rir ao invés de chorar das "miséras próprias". Preferimos beber as tristezas gargalhando em chão de delicatessen, rolando abraçados em piso imundo, fechar os bares, fechas nos eventos, fazer nado sincronizado... tudo isso porque sabemos ser "pessoas da porra". Vocês podem pensar, mas o texto não é uma homenagem a ela? Por que ele está escrevendo no plural? Porque simplesmente não sabemos ser dois. Eu sem ela sou metade e assim é o sentido inverso do caminho. Somos vice - versa. Poesia de Cazuza encontrando prosa de Caio.

E assim, distantes, podemos estar em casa e de repente ter o outro na porta como o vizinho que chega da padaria. Ela soube de minha cachoeira derramando e não pensou duas vezes, veio correndo me abraçar, acolher... ela transforma tristeza em alegria. É, ela faz essa magia. Não é que não fique triste, tenha crises... embora seja uma pessoa divina, ela é a mais humana. E que "ser humana" é essa dona Cléa!

Eu que não reze! Eu que não cante, não é Morena?

"Pra nós todo amor do mundo
Pra eles o outro lado...."

Ahh se os hermanos soubessem o que se passa nesse quintal, nesse cafofo, nesse peito.... nesse AMOR!



2 comentários:

Cléa disse...

Eu não sei falar disso. Não sei falar de você, não sei falar de nós. obrigada por fazê-lo por mim. Obrigada por ser de mim e deixar minha vida mais bonita só por saber-te vivo. E que venham mais delicatessens, mais chãos sujos, mais inferninhos com drag queens e tudo o mais... Por toda vida, pra toda vida...

Moniz Fiappo disse...

Que bela homenagem. Feliz de voce que tem uma amiga assim, presente, que bebe junto escorrendo as mágoas para o chão sujo, que ri junto e que é sua outra metade. Parabéns por tê-la, não deve ser à toa que esse amor existe.