Gôga estava pensativa na varanda do ap, preocupada com o conteúdo que acabou de ler no bilhetinho azul deixado embaixo da porta: "Não quero nem saber, esteja linda hoje a noite, prepare a família porque estou levando o anel de compromisso. Quero casar com você". Dito assim no seco, quase brigando, nem parece uma delicada declaração de amor, um pedido de casamento. A taxista nunca tinha recebido um chiclete com frases amorosas e agora estava com aquela bomba nas mãos. A sorte é que a família viajou para o campo e ainda não retornou.
Enquanto isso, Dra. Geni estava nas nuvens em Pernambuco. O seu encontro com o amor havia sido cinematográfico. Em meio aos blocos de carnaval o seu olhar avistou um outro olhar fixo em sua direção. Passaram o Galo do meio-dia, o Homem da meia-noite, a fanfarra da esquina, o batuque do bloco de bêbado e os dois ali, atônitos, continuavam se olhando. Encostavam-se lentamente, sorvendo o tempo e aquietando o peito que gritava "Corre, minha gente!". Encostaram-se, beijaram-se e não se desgrudaram nunca mais. Era um reencontro esperado há anos. Ele também psicólogo havia desenvolvido junto a Geni, na época em que moravam juntos, uma técnica anti-estresse chamada de "BATER BALDE", que consiste numa técnica de relaxamento muito prazerosa, sempre executada pelo terapeuta e paciente.
- Desde que eu saí de casa, nunca mais bati balde. Estava num momento reflexivo, precisando me encontrar. Não mais cliniquei.
- Ah, meu filho, eu não poderia ficar sem bater um balde a espera de teu retorno. Bati muito balde nesse tempo em que você ficou afastado. Para encrementar a técnica, criei até uma música que foi utilizada numa matéria da televisão.
- Oh meu amor, você é muito generosa, divulgou nosso trabalho para o bem das pessoas!
- Você não quer ver como ficou?
Foram dali para a terapia de casal e pelo que parece vão demorar de sair.
.......
Wilson chegou a casa de Gôga feliz da vida com o contrato da trilha do comercial e nem falou sobre o que aprontou com o ruivinho da casa vizinha. Gôga estava apreensiva, se arrumando com bota de salto alto, chapéu, blusa de botão e calça jeans. No som a eterna Roberta Miranda a cantar:
Se parar, o tempo não perdoa
Se eu pensar, começo a chorar
Ao lembrar de tudo, me magoa
Me deito e sento e não existe um só lugar *
- O que é isso, fia? Ta doidha? pergunta Wilson indiferente a agonia da amiga
- Deixa pra lá, Wilson! Me deixa.
- Ai amada, me fala o que está acontecendo, quem sabe posso te ajudar.
Gôga estendeu a mão com o bilhetinho azul e entregou a Wilson que leu incrédula a declaração, enquanto via da janela a moto estacionar no portão.
- O que eu faço?
- Ué, você já está pronta. Quer que eu diga o que? Eu vou abrir a porta porque o calor está muito grande.
A menina abriu a porta da casa de Gôga planejando coisa ruim.
- Mas você sabe que eu não estou pronta para casar. Eu nem sei direito o que sinto. E minha família?
- Ai amada, não fica assim, me dá um abraço.
Wilson segurou a cabeça de Gôga e tascou-lhe um beijo na boca exatamente no momento em que Frederick entrava com as rosas na mão.
* Música: Metade Coração, Metade Aço (Roberta Miranda)
7 comentários:
Hahahahahahahahahahahaha Comassim gente, Dra Geni e o balde, para el mundo!hahahaahhaahhahahaha E o que é Wilson?! Manda Gôga acabar com essa amizade Lu...hahahahahahh
Wilson é um talismã ao contrário. Estou precisando bater balde também.
A técnica revolucionária do balde vai ganhar o mundo!!! Freud que se cuide!!!! hahahahahaha...
Quanto a Wilson, tenho dúvida de que terá o castifo que merece... o OSTRACISMO e a SOLIDÃO!!!!! Nunca havéra de experimentar o amor!!!hahahahaha
Vou correndo pegar o meu balde!!!
O balde está famoso, todo mundo querendo.
HAHAHAHAHAHAHHA! Gente, olha o balde?! hahahahahahah! Jogou no mundo né fiu?! Agora lascou! hahahahaha
Devia ter resumo da semana... assim poderia acompanhar direitinho a novela. hahahahah Wilson leva um tapa na cara, só pode.
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