Mais uma vez o mesmo pesadelo: o mar e uma grande onda vindo em sua direção. Ele estava na casa de um amigo, sem vontade de estar, cumprindo outros desejos, uma amiga chega à festa e não se demora, ele segue com ela contrariando o outro, o mar invade a casa como coisa natural, a amiga o carrega impedindo o afogamento pelo peso das asas nos pés, descem escadas alagadas com ondas enormes batendo em seu rosto e a amiga firme, impede o afogamento, tudo na maior calma como coisa natural. Somente ele sabe da aflição que sente.
Água de café fervendo, pensa nas putas de Paris. Ninguém entende quando ele diz que o melhor de Paris são as putas e os camelôs. Onde ele está agora interditaram as putas, lhes fecharam as ruas, assim como fecham as janelas. Todas as janelas aqui são fechadas e ele não entende e deseja um mar de putas e suas gargalhadas e vida nos olhos.
Relato de uma tempestade (quarto capítulo, 28/11/2009)
6 comentários:
Que mar arrebatador! Passei um tempo longe das "blogagens" e ao voltar, encontro só textos fortes por aqui. Pelo visto, as madrugadas têm rendido bastante!
:-)
Boas tempestades para ler. Desejo pra voce um barco firme e mão forte no leme!
Já,já, se avista o porto.
Está muito bom, Edu.
puta texto!
É verdade... As asas nos pés são pesadas mesmo...
Belíssimo texto!
Beijos
PS: a palavra de verificação de hj é: ishydro. Acho que quis dizer alguma coisa...
Chegaste no porto meu amor... o mar bravio ficou para trás!!!
Todo amor, toda saudade...
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