segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Meu quintal

Sempre tive quintal. Brincava na casa de meu avô onde minha irmã prendia um amigo no galinheiro de galo de briga, brincava lá na casa da Nova Sto Amaro na piscina plástica e de Silvio Santos apresentando concurso de Miss.

Houve uma época que Salvador era um quintal para mmim, quando saía de u trabalho insurpotável e passava a madrugada brincando na parte dos fundos da casa, a cidade toda era isso para mim.

Sempre tive medo de crescer, talvez por medo de perder os quintais. O de meu avô foi vendido depois de sua morte, hoje não tenho mais acesso ao meu primeiro quintal, o da nossa está alugado e não serve mais às crianças da Rua C e Salvador foi juto com tudo isso, é um quintal perigoso e sem graça.

Sábado, porém, experimentei uma sensação "quintaliana", nem existe esta expressão, mas brinquei como há muito tempo não fazia. Voltei para casa com a sensação de felicidade que acredito ter se perdido de mim. A Dança me deu um quintal de presente a sabedoria dos mestres e a genorisade dos grandes.

3 comentários:

Gerana disse...

Que seu quintal fique conservado dentro de você. Quando bater a saudade, basta lembrar.

imonizpacheco disse...

Entendo perfeitamente o seu quintal, acho que é bem a cara da nossa terra. Entendo mais ainda a sensação que a dança lhe traz. Deve ser mais ou menos o que sinto quando brinco com minhas tintas e pincéis.
Bj, outro, tchau.

Janaina Amado disse...

Ah, Edu, que texto lindo! Eu também escrevi há pouco tempo sobre os meus espaços da infância, as ruas.