terça-feira, 14 de setembro de 2010

Saudade

É um pouco morte
Cada adeus dado
Chora minha criança
Pelos cantos de mim
O leite derramado pelos olhos,
O brinquedo quebrado,
As cinzas do carnaval.
As bolhas de sabão
Explodem no meu nariz
E já não sei o que me prende aqui
Sinto...
Qual é, mesmo, a palavra?
Ah! Não sei se sinto!
Sento e espero
Aconchegado no colo de minha criança
Sei que passado não volta
E qualquer retorno é futuro, é novo.
É o saber que já aconteceu
O que você ainda não viveu
São os gestos, as palavras,
O rosto mudado pela distância
E o laço desfeito na despedida
Transforma-se num estreito fio no peito
Que estrangula a vida

4 comentários:

Bípede Falante disse...

Que sufoco essa saudade!

Anônimo disse...

Será que todas as distâncias são necessárias?
Abs

Gerana Damulakis disse...

Saudade!

Nilson disse...

Saudade, brinquedo quebrado!