terça-feira, 4 de março de 2008

Novela de taxistas

osSó para não perder o costume, uma vez que a cidade de Salvador não me deixa calar em respeito ao desrespeito. Num domingo de ressaca, resolvi sair de casa para relaxar no teatro, coisa que adoro e sempre recomendo.
Escolhi o Theatro XVII pq me sinto bem naquele lugar e também pq é certeza ver coisa boa. Tudo aconteceu como o esperado, mas o que não estava nos meus planos aconteceu também. Burrice minha, porque sei que sempre acontece a mesma coisa, embora há dias que estamos com a esperança um pouco mais viva do que o costume e lá fui eu ligar para uma empresa de táxi solicitando o serviço, lembrei que enviasse um carro com mala grande que coubesse minha cadeira de rodas e etc... depois de 20 minutos, depois que o teatro já havia fechado e sabemos que aquele local não é dos mais seguros, liguei novamente para a central de atendimento da tal empresa e a etendente simplesmente me diz que não tinha carro para me pegar. uma outra pessoa que aguardava também o serviço me aconselhou a ligar para uma concorrente dessa bendira empresa, resumindo liguei para três. chegando o carro da companheira de espera e porque já tínhamos combinado de quem saisse primeiro levaria o outro, o motorista disse que não poderia me levar porque a mala tinha gás e que havia comprado bancos novos de couro e que uma certa feita uma cadeira de rodas rasgou o banco e "quem se responsabilizou?", "eu não sou obrigado a levar cadeira de rodas".. Eu fui obrigado a ouvir isso. O pior de tudo, que isso é corriqueiro, é normal, é o procedimento da maioria dos taxistas de Salvador. No Pelourinho, na Rodoviária, na Praça da Sé... em todo lugar me deparo com um ser despreparado e grosseiro. O que eles esquecem é que são isentos de impostos porque têm um carro a serviço público, que são obrigados a levar quem quer que seja independente do itinerário e que são obrigados a evar cadeira de rodas, sim. mesmo porque estas, atualemente, são desmontáveis e cabem em qualquer carro, mas a preguiça e a má vontade desses cidadãos, não permitem que eles executem sua tarefa de forma correta e honesta. é sempre a mesma "novela"! estou de saco cheio de brigar pelos lugares que vou, pq a falta de educação dos soteropolitanos me agride. Eu não sei o que fazer, pq os orgãos responsáveis não treinam corretamente tais profissionais e a punição que eles sofrem é apenas alguns dias sem trabalhar e que certamente eles não cumprem. pois bem, estou aqui novamente desabafando contra uma coisa inadimissível, cruel e discriminatória.´
Só para não dizerem que não falo de flores por essas pedras e asfaltos soteropolitanos, há mais de dez anos quem faz meu transporte "oficial" é uma pessoa muito generosa, amiga, gente boa, coração grande e que por incrível que pareça é taxista. Obrigado Ed, por não estar na regra!

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