terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Judite chorou!

Ilustração de Clarice Cajueiro para o livro 
Judite quer chorar, mas não consegue! (2013)


Judite, hoje, chorou!

Inesquecível o momento de agradecimento, ao final de uma apresentação de Judite, no Teatro Vila Velha, em que Saja não continha a emoção e chorava copiosamente. Naquele instante, eu não conseguia olhar para outra pessoa e não conseguia deixar de compartilhar aquela emoção com ele. Ele que havia me ensinado a ver o belo, que sinalizava a borboleta passando pela sala de aula como uma confirmação do que acabara de falar, uma folha caindo da árvore e a história de sua Clara Luz... Ele que me acompanhou em quase todos os trabalhos. Adorava o artesanato de mainha. Ele que me incentivou, vibrou quando passei concurso para a Escola de Dança e dizia ser a UFBA a Universidade que ele acreditava pq agora tinha um professor de Dança como eu. Meu amigo afetuoso e mestre. Que falta você fará. Obrigado pelo olhar e pelas palavras para Judite. Agora, todas as borboletas serão você! 

"Tenho certeza de que Judith Quer Chorar Mais Não Consegue é um momento de grande inspiração neste começo de milênio: é imprescindível, como nos diz Garaudy, não apenas viver a vida, mas, sobretudo, ter a ousadia de dançá-la com uma força tal capaz de fazer crer que há sim um outro mundo possível, um mundo mais forte e justo, muito mais belo e verdadeiro e mais: que é possível vivenciá-lo em toda a sua plenitude.
Edu é, ele mesmo um testemunho vivo, decisivo para a compreensão desta equação: a sua capacidade expressiva é tal que não consigo vê-lo de fora do anuncio de um novo tempo!"
14.07.07
Saja



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