domingo, 5 de fevereiro de 2012
Uma carta para B
Quero escrever agora para quando ele acordar ler o que sinto. Para ele que me habita desde o primeiro momento e que eu sabia que seria assim suave, leve e gostoso como seu olhar. Aquele primeiro e inesquecível olhar. Ele que vive escondido aqui dentro como uma alfinete em bolso da mochilinha que ele prometeu ser para mim. Ele que viaja comigo mesmo eu estando aqui e lá, lá longe. Ele que é o meu B em querer. Te quero sempre. Escrevo agora como quem nunca escreveu um EU TE AMO e treme à primeira vez. E este EU TE AMO é tão repetido, é tão verdadeiro, é tão dele que só ele entenderá porque escrevo agora. Escrevo porque ele chegará em casa de viagem longa, cansado e eu não estarei para colocá-lo no colo, embora seja ele quem me acaricia a cabeça toda noite na hora de dormir, naquele momento em que eu pego no sono com o pensamento em casa neste quarto grande de cidade fria. Só ele em mim e o nosso silêncio. Este silêncio que não consigo reproduzir e por isso encho de palavras esta tela, porque silêncio daqui pode parecer esquecimento e eu sou só lembrança e saudade.
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Um comentário:
Faz muito tempo não escrevo nem recebo uma carta de amor assim.
Abraços Edu. Siga assim, sempre apaixonado.
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