Sem gostar de orar hoje me pus a agradecer a Deus pelo presente dado. Vivi uma experiência que não se descreve, não se adjetiva por ser pura emoção, pura arte (e eu ainda acredito na arte). Ver artistas trabalhando em função da arte... mais especificamente Mônica Salmaso e o grupo Pau Brasil hoje (13/05) à noite no TCA. Nada era fora do lugar: a voz, os ar
ranjos, os acordes, as canções (todas de Chico Buarque), enfim... tudo era uma homenagem à música, era para enaltecê-la. A cantora não era mais importante do que os demais ingredientes daquela deliciosa mistura. Não havia uma soberania a não ser a da própria música. O que é raro num mundo em que a imagem é mais importante e que a obra de arte está a mercê do comércio, do fácil, de letras com uma única frase, com coreografias vulgares, etc.
Hoje, graças a Deus, passei por uma daquelas experiências transformadoras, tipo a que sempre falo do passeio pelas montanhas da Ilha da Madeira. Não há o que dizer. É pleno sentimento e arte materializada e repartida entre as 1500 pessoas que lotavam o teatro. Surpreendentemente, para minha alegria, o teatro estava lotado. Falo surpreendente, pois Mônica não canta na novela das 8, não come pizza dia de domingo com o grandão, não toca nas rádios, enfim... a grande mídia não está ao lado dela. O que é uma pena, porque é um show delicioso de se experimentar, sentir, ouvir. É uma pena porque não quero que as outras coisas não existam, mas quero também poder ligar a TV e me deparar com um trabalho dessa qualidade (salvo a TVE, faça-se justiça), quero poder optar por ouvir o fácil também, mas se ele não sai do meu rádio ou da telinha, não é opção.
Hoje presenciei a música em seu estado concreto, pleno, total.
Hoje, eu que não posso levantar, bati palmas em pé.
Vida longa a Mônica Salmaso! Vida longa ao Pau Brasil!
ranjos, os acordes, as canções (todas de Chico Buarque), enfim... tudo era uma homenagem à música, era para enaltecê-la. A cantora não era mais importante do que os demais ingredientes daquela deliciosa mistura. Não havia uma soberania a não ser a da própria música. O que é raro num mundo em que a imagem é mais importante e que a obra de arte está a mercê do comércio, do fácil, de letras com uma única frase, com coreografias vulgares, etc.Hoje, graças a Deus, passei por uma daquelas experiências transformadoras, tipo a que sempre falo do passeio pelas montanhas da Ilha da Madeira. Não há o que dizer. É pleno sentimento e arte materializada e repartida entre as 1500 pessoas que lotavam o teatro. Surpreendentemente, para minha alegria, o teatro estava lotado. Falo surpreendente, pois Mônica não canta na novela das 8, não come pizza dia de domingo com o grandão, não toca nas rádios, enfim... a grande mídia não está ao lado dela. O que é uma pena, porque é um show delicioso de se experimentar, sentir, ouvir. É uma pena porque não quero que as outras coisas não existam, mas quero também poder ligar a TV e me deparar com um trabalho dessa qualidade (salvo a TVE, faça-se justiça), quero poder optar por ouvir o fácil também, mas se ele não sai do meu rádio ou da telinha, não é opção.
Hoje presenciei a música em seu estado concreto, pleno, total.
Hoje, eu que não posso levantar, bati palmas em pé.
Vida longa a Mônica Salmaso! Vida longa ao Pau Brasil!
3 comentários:
Edu, só a sensibilidade e a arte permitem coincidências no sentido exato da palavra: incidir na mesma direção! Por isso tomei emprestado o seu texto e o postei no meu blog (devidamente creditado, lógico!): http://marquinhovalladares.blogspot.com/2008/05/levantei-e-aplaudi.html A cincidência? Além de vermos a música do mesmo jeito, tem também isso: http://marquinhovalladares.blogspot.com/2007/03/fantasmas.html Beijos, amigo! Fique com Deus!
Edu!
Muito bacana seu blog! Vc é um artista completo pois consegue externar toda a sua sensíbilidade, tanto atráves de sua dança, quanto pelas palavras.
Parabéns!
Oi Dú!
Você como sempre surpreendendo a todos nós, quanta sensibilidade à flor da pele, amigo!
Fiquei muito triste por não ter ido a este show, desejei muito, mas, a obrigação profissional não me permitiu. Sabia que havia perdido um grande espetáculo!Porém fico feliz com o seu comentário e a sua excelente explanação sobre o mesmo, é como se eu estivesse ido, também. Muito obrigado, amigo!!!
Gosto muito de Mônica Salmaso e do seu trabalho, é sempre bom e prazeroso vivenciar a arte em seu mais puro estado de verdade e beleza, você amigo foi um privilegiado!
Abraços de bom coração!!!
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