quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Hoje, eu só quero falar de João

Quando nos conhecemos, em 2010, surgiu o desejo do encontro. Um processo que foi sendo construído com cuidado, com afeto, admiração crescente e o desejo... Sempre ele a mover, transformar, levar adiante.

Primeiro, era uma ideia óbvia de juntar as rodas que nos levam pelo mundo. Ele em sua bicicleta, eu na minha cadeira. 

Em 2012, surge - entre nós - "do amor de um pássaro por um lagarto"* e desde então, fomos talhando quase que artesanalmente as possibilidades reais de fazermos algo juntos.

Surgiram andaimes, voos, rapel, saltos e voos. Grandiosidade que, talvez, refletisse o tamanho do desejo de dançarmos um na companhia do outro. Nada disso! Éramos artesãos de mãos finas e atenção delicada aos detalhes. Hoje, eu só quero falar de João. Foi ele quem me parou numa praça e me propôs esse encontro. É ele o responsável pela existência de Kilezuuummm.

Parceiro generoso e acolhedor. Colo, costas, um peso leve para não machucar em momentos de dança. Um meninão me ensinando a voltar a brincar como no quintal da Rua C onde eu criava todos os mundos possíveis, sem saber que esse quintal se transformaria na sala de um casarão do Comércio de Salvador.

João me trouxe a sensação de amizade nova que chega de mudança na casa vizinha e chega como quem não quer nada e joga uma bola na varanda só para eu devolver e começar a brincadeira. Nós jogamos um bolão em cena e nossa conexão é tão grande que em determinados momentos, viramos um. Viramos Kilezuuummmm!



foto Aldren Lincoln

*Texto de Gero Camilo

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