quinta-feira, 21 de março de 2013

Você tem fome de que?


Precisamos encontrar meios para enfrentar a inércia das políticas públicas culturais brasileiras, acomodadas num formato desgastado de Editais que não são sinônimos dessas políticas, mas sim um dos inúmeros mecanismos que estas têm para fomentar a cultura no nosso país. A economia solidária é uma das alternativas viáveis e já comprovada a sua eficiência, entre outras.

As redes, os grupos, as comunidades devem reforçar essas novas estruturas que surgem. Não podemos mais ficar a mercê dos interesses políticos do governo que nos trata com perversidade e tirania com atrasos de repasses de verba, com a formularização (de formulários) da nossa arte, enquadrada e subalterna a interesses escusos que podemos ter ideia, mas nunca saberemos exatamente quais são.

É urgente a sociedade se mobilizar porque mesmo quem não produz arte, mesmo estes, são também cultura e fazem parte desta.

Quando se apoia um projeto, não se está beneficiando apenas ao seu idealizador, mas também a inúmeros profissionais que constituem uma rede. Quando se apoia um projeto está afirmando que a sociedade também se responsabiliza por sua cultura e que exige novos caminhos que não sejam submissos às leis de mercado.

Escrevo este texto pensando nesse turbilhão de coisas que me chegam com o projeto no Catarse, esta mobilização emocionante, esta força que a união de pensamentos, sentimentos e desejos pode alavancar um mundo. É difícil para mim ficar pedindo ajuda se a quem recorro não entender que é um investimento numa área tão abandonada e que precisa de cuidado, respeito por ser nosso bem maior.

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