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sábado, 13 de novembro de 2010

Eu não sou algo diferente

"Eu não sou algo diferente, nem desigual, não sou vítima, nem quero ser. Eu posso ser réu também"
Brunna Valin

Brunna é militante do movimento de travestis e transexuais na cidade de São José do Rio Preto e do estado de São Paulo, coordena o Forum Paulista de Travestis e Transexuais e representante da Associação Rio Pretense de Travestis e Transexuais (ARTTS).


Quando ela fala sobre o ser réu, lembro de uma mulher que me falou como se fosse me elogiar, que preferia um filho deficiente a um filho marginal. Aquilo me chocou pela infeliz comparação, pela falta de cuidado com as palavras e pela agrassão do que me dizia, achando que estava sendo gentil. Respondi que eu poderia ser marginal se eu quisesse, que eu poderia lhe matar, lhe roubar. Que minha índole e meus valores não são resultado de minha situação física. Ficou um clima de constrangimento no ar e eu precisei sair para tomar uma Coca-cola. Agredir ainda mais meu corpo que já tinha sido tão agredido.

No blog O Corpo Perturbador tem uma entrevista fantástica de Brunna e convido a todos a conhecerem meu outro blog e se perturbarem com palavras tão urgentes e necessárias para se refletir num mundo de respeito e aceitação das diferenças.

Aqui o link direto para a entrevista: http://ocorpoperturbador.blogspot.com/2010/11/eu-posso-ser-reu-tambem-bruna-valin.html

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Para não me deixar falando sozinho