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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Bilhetinhos para Judite


desenho de uma criança na temporada do Museu Rodin 2008



Tenho certeza de que Judith Quer Chorar Mais Não Consegue é um momento de grande inspiração neste começo de milênio: é imprescindível, como nos diz Garaudy, não apenas viver a vida, mas, sobretudo, ter a ousadia de dançá-la com uma força tal capaz de fazer crer que há sim um outro mundo possível, um mundo mais forte e justo, muito mais belo e verdadeiro e mais: que é possível vivenciá-lo em toda a sua plenitude.
Edu é, ele mesmo um testemunho vivo, decisivo para a compreensão desta equação: a sua capacidade expressiva é tal que não consigo vê-lo de fora do anuncio de um novo tempo!


14.07.07
Saja


Com sua arte sensível e inteligente - e não há forma mais sublime de falar ao outro, Edu O. conta sua trajetória e mostra sua
dança num excelente trabalho de expressão corporal.


...este espetáculo me remete às minhas Judites... até mesmo as mais inconscientes gritam querendo sair! Um encontro com conflitos mais íntimos, que incomoda e seduz com ousadia e beleza, num convite à vida que se deseja viver..."


Lívia Rocha


Judite nos conduz às profundezas de nossos sentimentos, mas principalmente daqueles aos quais não conseguimos definir... É um mergulho no submundo pessoal de sensações que somos obrigados a marginalizar e até esquecer, um encontro daqueles sentimentos fortes e oponentes, que nos angustiam de uma maneira que deles fugimos... Queremos chorar e não conseguimos por que não nos damos este direito, queremos voar e não nos permitimos por que muitas vezes duvidamos de nós mesmos... Enfim, assistir a este “experimento” é participar de uma metamorfose sentimental. É forte, é denso, é memorável.


Fernando Souza






A apresentação performática se desenrola diante dos meus olhos...
A minha mente, instigada pelo que vê e sente, me questiona todo o tempo do espetáculo.
Judite... o que é?
Quem é Judite?
Os sons, o canto, a música, a dança, a interpretação. Tudo isto e mais – a reflexão: precisamos voar.
Libertos das cascas, dos conceitos e preconceitos, precisamos voar cada vez mais alto sobre todos os obstáculos.
Judite... o que é?
Quem é Judite?
Do emaranhado da saia de Judite surgem objetos e objetivos.
Judite somos todos nós. Em todos nós Judite está e é.
Lave a alma. Chore de alegria. Edu/Judite, mais uma vez vai além, voa suplantando todas as expectativas.
Eu te amo Edu!
Volto pra casa ouvindo os Beatles. A minha Judite chora... saudades de 1967 – primeiro grande vôo...
Judite, quero continuar a voar!


Fátima Gaudenzi

4 comentários:

  1. Todos belos bilhetes. O de Fátima é lindo.

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  2. hoje consegui chorar
    precisava
    explodi
    de
    sal
    e
    água'
    precisava
    embora não quisesse
    rejeitasse
    evitasse
    fujisse
    mas hoje
    foi
    fudeu
    já era
    chorei mesmo
    gritei para dentro
    sem pensar
    só chorar
    por chorar
    desmanchar
    sonhar ao avesso
    praguejar meus planos
    desistir por um instante
    demolir meus prédios
    querar minhas esculturas
    xingar meus deuses
    cuspir em meu prato
    gozar da/na minha fé
    hoje eu morri um pouco
    sumi um pouco
    despedi me de mim
    um pouco
    porra
    ninguém é de ferro né?
    fechei meus olhos
    imaginei sua mão em meu peito
    expulsei meu anjo
    pois confio na sua bondade
    e sei que voltará
    pois ele me compreende
    me entende
    só ele
    hoje eu quis chorar
    e consegui!
    http://cleniomagalhaes.blogspot.com

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  3. Merda pra vc, meu amigo!
    Se der, esteri hoje, senão, amanhã sem falta!

    Quebre a perna!

    Beijo

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  4. vou ver judite tão logo seja possível.
    e fátima gaudenzi, vc conhece? não vejo essa perua há uns 500 anos! tomara ela leia e entre em contato comigo. acho ela um barato!

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Para não me deixar falando sozinho