sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Coletivo Circo dá Samba

Cheguei terça-feira de uma viagem muito proveitosa, dois dias após comemorar meu aniversário na cidade que eu amo que é São Paulo. Nunca gosto de festejar aniversário, porque não compreendo muito esse lance do calendário determinar o tempo das pessoas.

Me vejo envelhecendo diariamente, a cada segundo e para mim não há isso de ano, é apenas mais um dia que chega e passa como os outros, mas como é hábito comemorar-se e como gosto de uma farra, resolvi este ano fazer festa, mais para fetejar os acontecimentos e alegrias ocorridos neste 2008 delicioso.

Enfim, festa lá, mas e aqui? Falei com minha amada Fau que iria ao Coletivo Circo dá Samba, que ela produz e que é um arraso. Está bombando!!! Com direito a participação de Elza Soares, Seu Jorge, Jota Veloso, Márcia Castro e tanta gente boa!

Chamei Cate e Fafá e fomos com B. Não seria festa, lógico. Eu iria para brincar a vida, sambar o sucesso. Chegando lá encontro vários amigos próximos e tios e prima e tanta gente... foi quando minha mãe apareceu e se revelou a surpresa. Que beleza de vida!!!!

Ela tinha combinado com todo mundo para ir lá me abraçar e festejarmos juntos. Achei muito apropriado tudo isso, pois nossa vida é, realmente, um circo com tanta alegria e surpresas, com tanta música e amigos, com tanto a se comemorar.

O Coletivo Circo dá Samba é um dos melhores acontecimentos que vi surgir em Salvador nos últimos tempos. Música de altíssima qualidade e para dançar, músicos e cantores de primeiríssima grandeza, gente linda, num ambiente super...

Nessas horas fico feliz em estar aqui, em poder voltar de um lugar que é uma referência cultural e encontrar pessoas unidas preenchendo um vazio que há tanto tempo se instalou aqui na cidade d'Oxum.

É festa, é alegria, é para dançar... mas com a grandeza da arte e do bem que uma música de qualidade nos faz e embala na hora de voltar para sonhar com a próxima terça-feira.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Um descanso na loucura

para meu amor que fez a foto no Museu da Língua Portuguesa e me acompanha nessa vida de loucura

Cheguei de viagem tão amado e tão amando que resolvi colocar também o link de uma música que eu adoro desde pequeno , além de achar este clip lindo, super simples.
Minnie Riperton - Loving you

Para Andréa (SUBLIME) Daltro


Oi Déa, não consegui tirar você da cabeça/ouvido/coração,

este teu show é uma das coisas mais belas que assisti ultimamente. Me tocou com uma "agudeza" tão profunda que estou emocionado até agora. A versão de Argila (uma das minhas preferidas de Brown) é a melhor de todas, forte como um Deus. Aliás, pensei muito nele(a) enquanto te via.

Ele será Deus ou Deusa? Já perguntou Chico César, mas eu via algo tão divino ali e tão forte que era Deus em voz feminina comemorando a Vida. Que coisa bela comemorar assim os 35 anos de carreira e os 60 de VIDA. Como você engrandece a nossa com tua arte. Junto a Ricardo que eu admiro como um ídolo, pela grandiosidade do coração e talento e junto aos outros músicos, você nos presenteou esta noite.

Lembrei tanto de quando você era, para mim quando criança, simplesmente, a irmã de tia Ana Rosa que cantava. Nunca havia te ouvido, não sabia quem você era... Depois cheguei em Salvador e já te considerava uma das grandes pelas Ave Marias que cantou. Um dia soube que Fernanda Montenegro iria te assistir, não consegui chegar e chorei por ter perdido esse encontro de deusas.

Hoje te tenho próxima e amiga, cantando para eu dançar, cantando para enaltecer minha existência e meu ofício.

Te agradeço pela generosidade de sempre, pela voz de Judite, pelo show cantando Vinícius que fui convidado a participar e por tantas outras coisas que não se enumera.

Me deu pena das pessoas que não têm oportunidade de te ouvir e desse mercado cultural tão pobre e podre que não aproveita os sublimes como merecem.

Queria uma saudação ao Universo para me despedir, mas como você fez no show eu mando beijos, beijos e beijos

Parabéns!!!!!! Que bom saber que teremos teu show toda quinta-feira de Novembro no Teatro do SESI-Rio Vermelho. Estarei lá.

Edu O.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Aula de Inglês

A viagem começa na primeira idéia de partir.
Daí são sucessões de acontecimentos que te empurram ao avião, ônibus, carro, charrete, sei lá e você está no outro lugar.

São Paulo é este sonho de sempre partir, voltar, sorrir....

A viagem não começa ou finda aqui, minha viagem com São Paulo é, justamente, verbo "to be".

terça-feira, 21 de outubro de 2008

A palavra pode camuflar

Há algum tempo não apareço por aqui para comunicar minhas coisas, refletir, externar sentimentos.

Acabei de chegar em São Paulo, minha cidade amada, meu lugar no mundo depois de Santo Amaro. Vim após uma passagem pelo Rio para participar, a convite do MINC e da FIOCRUZ, da Oficina Nacional de indicação de Políticas Públicas Culturais para Inclusão de de Pessoas com Deficiência. Momento importante para reflexões sobre a arte-cultura produzida por, para e com pessoas com (d)eficiência. Avançamos em alguns aspectos, mas me preocupa outros tantos em que percebo que não há avanço algum e preciso de mais tempo para articular o pensamento com as informações adquiridas.

Fiquei muito feliz pelo convite e pela minha participação no evento e pelo tamanho desse sentimento me furtarei a externar qualquer coisa, porque como disse a mestra Angel Vianna "a palavra pode camuflar" e essa frase me fez sentir a responsabilidade do encontro, onde tantas palavras foram jogadas ao universo junto a tantas intenções.

Mando um beijo especial a tia Maria, saudade desses momentos virtuais onde aprendo tanto com suas palavras-imagens.

domingo, 12 de outubro de 2008

O começo do que seria eu


"primeiro ele olhou para os cabelos molhados, depois o outro viu os olhos insistentes e meio timidamente escorregou o olho para a tatuagem que ele carrega no ombro e isso foi definitivamente o melhor encontro na vida de ambos. "
Nei Lima

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Uma poesia para curar a falta de inspiração

Foto de um momento inesquecível que a farra não me deixou lembrar quem fez


Da chegada do amor
Elisa Lucinda

"Sempre quis um amor
que falasse
que soubesse
o que sentisse.

Sempre quis uma amor
que elaborasse
Que quando dormisse
ressonasse confiança
no sopro do sono
e trouxesse beijo
no clarão da amanhecice.

Sempre quis um amor
que coubesse no que me disse.

Sempre quis uma meninice
entre menino e senhor
uma cachorrice"



quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Uma mulher como Gilda

Nunca se viu uma mulher como Gilda.

Gilda era minha amiga imaginária. Acho que foi quem me ensinou o significado da palavra amizade. Toda criança deve ter um amigo imaginário. A minha não era criança, como normalmente são os amigos imaginários, mas Gilda uma mulher, linda! Até hoje tenho a imagem dela em minha memória como se visse uma fotografia. Sempre estava de calça marrom e lenços bonitos na cabeça. Ahhh, acho que Gilda me ensinou a sorrir também, pois vivia sorrindo com um riso tão belo!

Estranho um amigo imaginário adulto, não é? Pois é, Gilda era assim e conversava comigo e me levava para todos os lugares, até os mais improváveis como a casa de Gretchen e Sidney Magal, ídolos de uma criança pequena fascinada com a extravagância desses artistas. Acredito que isso legitima a minha amiga como imaginária porque seria impossível eu ir à casa dessas pessoas se não fosse somente pela imaginação. Lembro que nosso passeio mais marcante foi quando visitamos Gretchen e ficamos assistindo ao show que ela fazia na sala da sua casa que parecia com a nossa em Bom Jesus.

Além da amizade, Gilda teve papel fundamental na valorização das minhas criações, tenho certeza que se não existisse Gilda não existiria o eu artista, o eu sonhador, o eu que eu me tornei.

Hoje tenho muitos, muitos mesmo, amigos reais, palpáveis, tão importantes quanto Gilda, mas ela ninguém nunca viu. Infelizmente, ninguém pôde conhecê-la. Ninguém pôde conhecer o amor.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Arca de Noé

Voltando de mais um final de semana em festa. Sim, em Santo Amaro a eleição é uma festa e este ano começou na quinta-feira. Perdi o primeiro dia de carnaval. Hoje, segunda-feira de cinzas, restou a ressaca e cansaço, além da expectativa pelo futuro de minha cidade.

Foi tão difícil votar este ano!

Me aborreci muito com as pessoas que teimam em achar que não têm nada a ver com política. Essa falta de responsabilidade beira a loucura. Não acredito que alguém não compreenda isso. Me dói ver que a maioria do eleitorado ainda votar por míseros R$ 50,00 ou promessas vazias.

Me pergunto se chegrá o tempo em que a mania de esperteza e egoísmo chegará ao fim.

Nas rodas de conversa, quando ouvia todo mundo dizer que votaria porque interesses pessoais estavam em jogo, me vinha à mente a imagem da Arca de Noé. Pensei muito nisso. A população se afogando embaixo e a gente (beneficiado) brindando a vitória na proa do barco.

Pobre povo!

Farei uma promessa a Nossa Senhora da Purificação (que já se vê rodada com tanto pedido) de subir de joelhos a escadaria da igreja caso ela abençoe os políticos de Santo Amaro e Salvador, pois eu ainda moro aqui, e que eles tenham consciência do seu papel.

Xiiii, esqueci que não consigo andar de joelhos.... Será que eles também prometeram coisas como eu?

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Voto e volto

Vou ali e volto
Vou ali votar
Meu voto em Sto Amaro
Lugar que sempre quero voltar
Essa besteirada toda é somente para dizer que estarei ausente neste fim de semana.
Bom voto para todos.